Contracepção é o controle da fecundidade, ou seja possibilita às mulheres programar suas gestações.
Essa possibilidade de escolha de quando ter filhos foi iniciada exatamente em 11 de maio de 1960, com a aprovação pela “Food and Drug Administration” (FDA), agência reguladora de remédios dos Estados Unidos, da primeira pílula anticoncepcional do mercado - Enovid. Esta novidade chegava à vida dos casais, interferindo de forma significativa na história da mulher e impulsionando a revolução feminina.
Dos anos 60 até atualidade, os métodos contraceptivos evoluíram de forma a permitir à mulher não apenas programar quando irá ter filhos, mas também, aliviar os sintomas da Síndrome Pré-Menstrual, controlar desordens do ciclo menstrual, dentre outros.
Os métodos contraceptivos são divididos em dois grupos: os definitivos (métodos cirúrgicos – laqueadura tubária e vasectomia) e os temporários. Neste artigo farei uma breve descrição dos métodos anticoncepcionais temporários.
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- Pílula anticoncepcional:
É o contraceptivo mais conhecido pelas mulheres, contém hormônios em sua composição, progestogênios, combinados ou não aos estrogênios, e inibem a ovulação. Devem ser tomados diariamente com pausa de 04 a 07 dias a depender da marca da pílula, ou ainda sem intervalos, quando a mulher não deseja menstruar.
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- Anticoncepcional hormonal injetável:
É método que também possui hormônios em sua composição, contudo, seu uso pode ser mensal ou trimestral conforme o escolhido pela paciente e seu médico. É uma opção segura para aquelas pacientes que esquecem de tomar a pílula todos os dias.
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- Adesivo cutâneo:
É método hormonal combinado em que os hormônios são absorvidos pela pele da paciente em contato com o adesivo. Cada embalagem deste produto vem com três adesivos, sendo utilizado um adesivo por semana, com pausa de uma semana sem adesivo, quando a mulher tem o sangramento mensal.
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- Anel vaginal:
É um método hormonal combinado em que os hormônios são liberados através de um anel de borracha sintética, o qual é introduzido pela própria paciente uma vez por mês na vagina. Este anel permanece por três semanas, e é retirado pela própria paciente, que fica sem o anel por 1 semana, quando decorre o sangramento mensal. Vantajoso para pacientes que esquecem a pílula.
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-Dispositivo Intra-Uterino (DIU):
É um dispositivo em forma de T que é introduzido dentro do útero da paciente no consultório do medico. Promove a contracepção de alta eficácia e possui como vantagem a duração prolongada do efeito anticoncepcional, e a depender do DIU escolhido, pode durar por 5 ou 10 anos.
- DIU de cobre – este DIU é medicado com cobre, sem hormônios em sua composição. Há opção do DIU com duração de 5 ou 10 anos. Com este DIU a paciente menstrua conforme seu padrão habitual de ciclo.
- DIU medicado com levonorgestrel: este DIU contém um reservatório contendo 52mg de levonorgestrel, um hormônio que promove ação ao ser liberado diariamente dentro do útero e assim, evitando a gestação. Com este método, a mulher pode ter seu fluxo menstrual bastante diminuído, ou até mesmo ficar em amenorreia (quando a mulher não menstrua).
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- Implante subdérmico:
É um bastonete de borracha sintética medicado com hormônio etonogestrel. É introduzido sob a pele no braço da paciente. O hormônio é liberado diariamente em pequenas quantidades e promove efeito anticoncepcional por 3 anos.
É importante lembrar que nenhum método anticoncepcional descrito anteriormente previne as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e HIV, por isso seu uso sempre deve ser associado ao preservativo, visto que a camisinha é o único método comprovadamente eficaz para prevenção destas doenças.
São diversos os métodos para se evitar a gestação, por isso a mulher deve se informar e conversar com seu ginecologista para esclarecer todas as suas dúvidas, e desta forma escolher o método que melhor se adequa à sua vida.
À disposição para esclarecer dúvidas e questionamentos,
Dra. Ana Beatriz Matos
CRM/SP 141-427
Ginecologista e Mastologista
Referências:
1- Aldrighi JM, Oliveira VM, Oliveira AL. Ginecologia, Fundamentos e Avanços na Propedêutica, Diagnóstico e Tratamento. 1 ed. São Paulo: Atheneu, 2013.
2- Girão MJBC, Lima GR, Baracat EC. Ginecologia. 1 ed. São Paulo: Atheneu, 2009
3- WHO – Medical Eligibility criteria for contraceptive use 2015 update
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