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Dra. Ana Beatriz Matos

Síndrome urogenital da menopausa, o que fazer?

Atualizado: 27 de jan. de 2020


A síndrome urogenital da menopausa é o conjunto de alterações que ocorrem nos órgãos do trato geniturinário da mulher com a parada definitiva da menstruação.

Os achados físicos e sintomas são causados pela diminuição da secreção de estrogênio.

A medida que os níveis de estrogênio diminuem, ocorre o afinamento do epitélio que reveste os órgãos urogenitais, como vagina, vulva e bexiga, e ainda diminuição da lubrificação e do suporte tecidual. Isto causa os a sintomas associados à síndrome urogenital da menopausa:

• Ressecamento e irritação vaginal

• Dor nas relações sexuais

• Atrofia epitelial da vagina e sangramento devido à friabilidade/atrofia do tecido,

• Alterações de pH do conteúdo vaginal, que pode propiciar infecções

• Incontinência urinária,

• Cistocele (“bexiga caída”) e retocele (prolapso do reto).

A terapia de reposição hormonal com estrogênio é a terapia mais eficaz para condições moderadas a graves, pois restabelece rapidamente a lubrificação e o pH na vagina.

A administração de estrogênio pode ser realizada por via oral ou transdérmica, sendo ambas as formas bastante eficazes. Recomenda-se a menor dose efetiva pelo menor período de tempo.

Outras opções de tratamento incluem:

• Terapia com laser local, que tem demonstrado excelentes resultados em melhorar elasticidade, vascularização e proliferação epitelial, o que se torna uma opção bastante favorável para as pacientes que tem contraindicação a terapia de reposição hormonal;

• A terapia com radiofrequência fracionada microablativa, aplicada localmente em vulva e vagina também vem apresentando ótimos resultados na melhora dos sintomas locais, outra opção para as pacientes com contraindicação a TRH;

• Terapia hormonal com tibolona, um produto esteroide que melhora a vida sexual e os sintomas urinários;

• Em casos selecionados o uso de testosterona tópica também pode ajudar;

• Lubrificantes e hidratantes vaginais para alívio dos sintomas da menopausa.

O tratamento da paciente deve ser individualizado, isto é, ela precisa ser consultada e examinada por seu médico de confiança para que o melhor tratamento seja escolhido para a mesma.

Quer saber mais? Continue acompanhando as publicações.

Dra. Ana Beatriz Matos

CRM 141-427

FONTE: Medscape.

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